Antonio
Fernandes Dantas, natural de Caicó, nascido a 18 de maio de 1881. Era um temperamento
pacífico e acomodado. Vindo para o governo do Estado por uma contingência de
orientação política getulista, de dividir para governar, não teve outra maior
finalidade que auferir as possíveis vantagens do exercício do cargo e aplicar
suas longas horas de ócio, após a assinatura do expediente organizado por seus
auxiliares em enchê-las com a única paixão de sua velhice e jogo. Por outro
lado, se a tendência ao autoritarismo que é um quase hábito que caracteriza 90%
do militar de carreira, se não se manifestou nessa interventoria, também a
ausência de cheqfes políticos que marcou. Faleceu em janeiro de 1966
Nomeado a
10 de junho de 1943, chegou em Natal no dia 2 de julho e tomou posse no seguinte
e governou até 15 de agosto de 1945. O novo interventor manteve quase a mesma equipe
de auxiliares do governo anterior , fazendo apenas algumas modoficações, como a
nomeação de José Varela para o cargo de prefeito de Natal, que com a dedemocratização
do País, em 1947, seria eleito governador do Rio Grande do Norte. O
desembargador João Dionísio Filgueira, Mossoroense, foi nomeado Secretário-geral
do Estado. O INTERVENTOR também manteve o jovem Aluízio Alves (11/8/1921), por
quem tinha grande admiração, como diretor de Reeducação e Assistência
Social(SERAS), que construiu o abrigo de idosos “JUVENTO BARRETO”, o abrigo de
menores “MELO MATO” e o orfanato PADREJoão Maria, para crianças desemparadas.
Aluízio exercia ainda, cumulativamente, a direção da LBA no Estado
De 03-07-1943 a 15-08-1945
por JOÃO
BATISTA MACHADO
O novo
interventor manteve quase a mesma equipe de auxiliares do governo anterior,
fazendo apenas algumas modificações, como a nomeação de José Augusto Varela para
o cargo de prefeito de Natal, que, na redemocratização do País,em 1947, seria
eleito governador do Rio Grande do Norte. O desembargador João Dioniso
Filgueira foi nomeado secretário - geral
do Estado
O general
manteve também o jovem Aluízio Alves, por quem tinha grande admiração, como
diretor do Serviço de Reeducação e Assistência Social -SERAS, que construiu o
abrigo de velhos “Juvino Barreto”, o
abrigo de
menores “Melo Matos” e o orfanato padre “João Maria” para crianças
desamparadas. Aluízio exercia ainda, cumulativamente, a direção da LBA no
Estado.
REMANESCENTE
Recebeu
instruções do governo federal no sentido de apoiar, no Estado, a liderança
política de José Augusto, concentrada no extinto Partido Popular. Quando da
criação dos novos partidos, já na fase da redemocratização do País, os
remanescentes do antigo Partido Popular, que era o de expressão maior, resolveram
romper com o interventor e seguir o caminho da oposição, apesar das benesses
que tinham recebido do general Fernandes Dantas. Dos 42 prefeitos do Estado,
apenas um ficou solidário ao interventor. Os demais, solidarizando-se com José
Augusto e renegando ao general, pediram demissão.
A sua ala
mais expressiva fundou a União Democrática Nacional - UDN, enquanto a minoria
ficou com o interventor e passou a trabalhar para a criação do Partido Social
Democrático -PSD. A partir de então começaram as disputas políticas acirradas
entre os dois blocos, que antes viviam sob o mesmo teto.
APTIDÃO
Valendo -se
da sua intimidade com o palácio do Catete, o astuto Georgino Avelino dizia aos
poderosos da época que o general não
tinha aptidão para a política. Foi nomeado interventor em seu lugar, em 1945,
para organizar o novo partido, o PSD, que no pleito de 1947 levou à vitória o
deputado José Varela, candidato seu ao governo do Estado.
O general
Fernandes Dantas tinha ocupado antes o comando da Polícia Militar do Estado no
governo de Juvenal Lamartine. Quando estava servindo em Salvador como coronel,
foi nomeado interinamente interventor federal da Bahia, em 1937. Em 1945,
concorreu à senatória pelo PSD, juntamente com Georgino Avelino, perdendo a
eleição para o udenista José Ferreira de Sousa, primo do majó Theodorico
Bezerra, que, embora sendo um dos caciques do PSD, o apoiou. Foram eleitos
Georgino Avelino (PSD) e Ferreira de Sousa (UDN).
Na
eleição de um terço do Senado, em 1947, o general Antônio Fernandes Dantas
compôs a chapa de senador, como suplente do empresário João Câmara. Todavia,
seu registro de suplente foi anulado pela Justiça Eleitoral. O general
encerrava assim sua participação na vida pública do Rio Grande do Norte. O secretário
geral do Estado durante a sua gestão foi João Dioniso Filgueira. O general
Dantas nasceu em Caicó e faleceu no Rio de Janeiro, em 1966.
FONTE:Extraído
do livro “Perfil da República no Rio Grande do Norte (1889-2003)”, de autoria
do jornalista e historiador João Batista Machado (págs. 125-128)
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO